19 de agosto de 2016 00:00

Recuperação de hidrômetros gera economia para a Casal

Companhia recupera 300 hidrômetros e economiza R$ 11 mil por mês

Instrumento utilizado para realizar a hidrometria, ou seja, a medição do consumo de água nos imóveis, o hidrômetro é indispensável para os trabalhos da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal). A depender do fabricante, um hidrômetro funciona em perfeitas condições durante aproximadamente cinco anos, a partir de quando começam a apresentar problemas devido a desgastes nos mecanismos de medição e fraudes causadas pelos próprios usuários.

Um trabalho de recuperação de hidrômetros com defeitos vem sendo realizado pela Gerência Comercial (Geroc), da Casal, e atualmente atinge a marca de 300 hidrômetros recuperados em um mês, rendendo à Companhia uma economia mensal de R$ 11 mil. Na Casal, esses equipamentos são recuperados na oficina de hidrômetros da Supervisão de Micromedição (Supmic), onde são trocados os sistemas de medição e os componentes de vedação. Após serem recuperados, os equipamentos retornam à operação e podem ser reinstalados em qualquer imóvel cadastrado junto à empresa.

De acordo com o gerente de Operações Comerciais da Casal, Raul Dias, um trabalho em conjunto vem permitindo à Companhia a possibilidade de economizar ainda mais com a recuperação dos instrumentos. “As ações para identificação de irregularidades nos hidrômetros são desempenhadas pela Geroc/Supmic, por meio de levantamento das irregularidades de leitura e consumo apuradas no Sistema Gestão em Saneamento (Gsan) e por análises de consumo dos clientes, feitas pelas Unidades de Negócio. Temos capacidade para recuperar algo em torno de 700 hidrômetros por mês, ou seja, essa economia pode chegar a R$ 26 mil mensais”, declarou.

Hidrômetros obsoletos viram sucata, que geram lucros

Cada hidrômetro recuperado significa um equipamento a menos a ser comprado, isto por si só já caracteriza uma economia real para a Casal, mas os hidrômetros que não podem ser recuperados também rendem lucros à empresa, segundo Raul Dias. “Os equipamentos que não têm possibilidade de serem recuperados são armazenados como sucata para posteriormente serem leiloados. Só no último leilão, realizado em 2012, foram vendidas mais de 10 toneladas de sucata, totalizando um montante de R$ 460 mil no faturamento da  Casal”, afirmou.

Alvo de fraudadores, os hidrômetros são frequentemente violados por usuários na tentativa de ludibriar a medição do consumo de água. Além da violação dos lacres numerados, são comuns os casos de inversão do hidrômetro. Ainda de acordo com Raul Dias, as ações de combate às fraudes merecem a atenção e o esforço de todas as Unidades de Negócio da Companhia. “É imprescindível o acompanhamento por parte das Unidades de Negócio, tanto na análise das ocorrências quanto nas ações de fiscalização em campo, visando coibir práticas fraudulentas nas instalações dos equipamentos”, pontuou.

O hidrometrista

Pouco conhecido, o profissional responsável pela operação e manutenção dos hidrômetros é o hidrometrista. Não há formação profissional específica para a função e, na Casal, os funcionários mais novos acabam aprendendo o ofício com funcionários mais antigos.
O furto de água é crime no Brasil, conforme prevê o artigo 155 do Código Penal. As penas podem variar de multa à reclusão de um a quatro anos.

Cerca de 300 hidrômetros são recuperados por mês pela Casal

19 de agosto de 2016 00:00