Luiz Neto apresentou modelos de concessões durante o “Raio-X das PPPs de Saneamento”, um dos principais eventos do setor no país

O presidente da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), Luiz Neto, representou o estado em evento nacional sobre Parcerias Público-Privadas de Saneamento, realizado nesta terça-feira (18) na Arena B3, em São Paulo. O encontro “Raio-X das PPPs de Saneamento – Road Show e Diálogos dos Operadores e Investidores”, organizado pela Hiria NürnbergMesse Business, reuniu mais de dez operadores estaduais para discutir desafios e oportunidades no setor.
Durante sua participação no painel “Performance e aprendizados da primeira geração de contratos de PPPs de saneamento no Brasil”, Neto compartilhou as experiências bem-sucedidas de Alagoas na implementação de Parcerias Público-Privadas e concessões. O presidente destacou como o modelo alagoano equilibra a participação privada com a manutenção estratégica da Casal na captação e tratamento de água.

“O modelo que implementamos tem sido exemplo para outros estados, pois conseguimos estruturar um equilíbrio entre o setor privado e a atuação estratégica da Casal, garantindo a qualidade dos serviços e o cumprimento das metas de universalização, sempre alinhados às diretrizes do Governo Paulo Dantas”, afirmou o presidente.
Segundo Neto, o modelo de concessão parcial adotado em Alagoas foi pioneiro na nova geração de projetos estruturados sob as diretrizes do marco legal do saneamento. “A experiência da Casal demonstrou como a parceria entre o setor público e o privado pode acelerar a universalização dos serviços, garantindo eficiência e investimentos necessários”, explicou.
Questionado sobre a diversificação de operadores, o gestor comentou que essa prática traz benefícios significativos, como maior competitividade e eficiência operacional. “Quando diferentes empresas atuam no mesmo setor, há um estímulo natural para aprimorar a performance e otimizar os investimentos”, disse.
Sobre os contratos, Neto destacou a importância da clareza e objetividade para garantir o equilíbrio econômico-financeiro e a eficiência dos serviços. “Ao inserir cláusulas de desempenho bem definidas e indicadores de fácil interpretação, evitamos ambiguidades e proporcionamos segurança para ambos os setores”, afirmou.
De acordo com dados apresentados no evento, os leilões de água e esgoto programados para os próximos anos têm potencial para gerar investimentos de até R$ 70 bilhões em 13 estados brasileiros.

O painel contou com a moderação de Carlos Nascimento, professor honorário da University College London (UCL) e coordenador do MBA em PPP e Concessões da FESPSP, além da participação de Roberval Tavares de Souza, diretor executivo de Engenharia e Inovação da SABESP, e Sthefani Lara Rocha, sócia do escritório Ferraro, Rocha e Novaes Advogados.